quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Somos todos escravos 


da sina 


da vida


corrida a sós


corrida coletiva e solitária!


Tem coisas que me fazem lembrar 
Da palavra saudades...


Hora pois...a acomodação
Não será o pão que comeremos
Todos os dias...


Quero a inquietude...jovial 
Quero a paciência da lagarta
E esperarei meus dias de borboleta...


Agatha Fabiane.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ó delícia de começar

Bertolt Brecht
Música de Carlos Azevedo
Versão: Catherine Hirsh
ó delicia de começar
ó manha a nascer
primeira erva
quando te parece esquecido o que é verde
ó primeira página do livro esperado
pagina surpreendende
lê devagar, depressa demais
como te parece magra a parte por ler
e o primeiro jorro de agua na cara suada
e a fresca camisa lavada
ó começo do amor
olhar fugidio
ah, começo do trabalho
óleo a encher a máquina fria
primeiro ronco
primeiro zumbido do motor que arranca
ah, a primeira tragada de fumo
que enche os pulmões
e você, idéia nova

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Baby

Agatha Fabiane.
Você precisa saber da piscina, da 

Margarina, da Carolina, da gasolina 

Você precisa saber de mim 

Baby, baby, eu sei que é assim 

Baby, baby, eu sei que é assim 

Você precisa tomar um sorvete 

Na lanchonete, andar com gente 

Me ver de perto. 

Ouvir aquela canção do Roberto 
Baby, baby, há quanto tempo 
Baby, baby, há quanto tempo...]

http://www.vagalume.com.br/caetano-veloso/baby.html#ixzz10KKa2bBY

fadas e duendes existem???

                                                                 Agatha Fabiane.

Solidão?

Onde existe 1
tem 2
onde tem 2
tem 4
(pensamento)
sigo pensante
andando vejo pessoas
sorrisos;
não deixa a careta sair
invade alegria

Á dois
talvez solidão?

São quatro
dois pensantes
dois por fora
a solidão de dois
invade.

A estrela além de ESTRELA
existe o brilho;
Sem brilho não é estrela.

Quatro se tornando dois
onde está o
brilho?
Só aparentemente
Mas dois

estrela e brilho.

                                                                                                                     Agatha Fabiane.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=2T5gRFJXyMw

Poesia

Jardins inabitados pensamentos
Pretensas palavras em
Pedaços
Jardins ausenta-se
A lua figura de
Uma falta contemplada
Jardins extremos dessa ausência
De jardins anteriores que
recuam
ausência freqüentada sem mistério
céu que recua
sem pergunta


Ana Cristina César

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ciúmes

Tenho ciúmes deste cigarro que você fuma
Tão distraidamente.






Ana Cristina Cesar.

Apologia a Ana Cristina César I


Agudo, trilha sonora;
Viajem... Provocada, ou esperada
Som, pombas pousando, pipa;
Caindo, folhas de arvores suspensas;
Pause...
Associo, a sentimentos passados;
Sinto a mesma coisa
Não o ambiente é outro
Sou outro
Nunca sou a mesma pessoa
Sob o mesmo ponto de vista.
                                                   Agatha Fabiane.

Biografia

Ana Cristina Cruz César...

...Nasceu em 2 de junho de 1952, no Rio de Janeiro, filha de Waldo Aranha Lenz César e Maria Luiza César. Sua estréia literária ocorreu muito cedo: em 1959 tinha as primeiras poesias publicadas no “Suplemento Literário” do jornal carioca Tribuna da Imprensa.
Licenciada em Letras em 1975, mestre em comunicação exerceu intensa atividade jornalística, editorial e como tradutora de importantes autores estrangeiros.
Escreveu para diversos jornais e revistas, integrou a antologia 26 poetas hoje, publicou Luvas de pelica, Cenas de abril e Correspondência completa, em edições independentes, e Literatura não é documento, pesquisa sobre a literatura no cinema, em 1980. Em 1982 lançou A teus pés. Após sua morte em 29 de outubro de 1983, a reunião de seus escritos inéditos deu origem a três obras, organizadas por Armando Freitas Filho: Inéditos e dispersos (prosa e poesia).
fonte: inéditos e dispersos, 1ª edição:1985

sábado, 3 de julho de 2010

Para, começar com chave de ouro vou por o meu favorito na frente dos bois...^^

Chove

A chuva cai.
Os telhados estão molhados,
Os pingos escorrem pelas vidraças.
O céu está branco,
O tempo está novo,
A cidade lavada.
A tarde entardece,
Sem o ciciar das cigarras,
Sem o jubilar dos pássaros,
Sem o sol, sem o céu.
Chove.
A chuva chove molhada,
No teto dos guarda-chuvas.
Chove.
A chuva chove ligeira,
Nos nossos olhos e molha.
O vento venta ventando,
Nos vidros que se enbalançam,
Nas plantas que se desdobram.
Chove nas praias desertas,
Chove no mar que está cinza,
Chove no asfalto negro,
Chove nos corações.
Chove em cada alma,
Em cada refúgio chove;
E quando me olhaste em mim,
Com olhos que me seguiam,
E enquanto a chuva caía
No meu coração chovia
A chuva do teu olhar.

                                                        Ana Cristina Cesar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

.....................ANA CRISTINA CESAR..................



Assim começa a saga!

Maldita Semente

Nós estamos aqui por acaso.
Vida acidente de percurso.
Mas não é o acaso
Que torna nosso futuro escasso,
Também não é o suor do proletário
Mas sim esse dinheiro que lhe é pago
Pra suprir o fardo deixado
Após anos e anos de trabalho.




Nós nos recusamos a viver pelo nosso emprego,
Nos recusamos a morrer pra enche
Uma piscina a mais de dinheiro;
Afinal um pobre trabalhador não deixa de ter alegria
Só por sua carteira estar vazia.




Então, não seremos mais fudidos
Por urubus fedidos
Nem seremos mais atacados
Pelos velhos porcos fardados




O capitalismo que hoje ta na moda,
Que sustenta toda essa máfia
Já invadiu as escolas,
Já está nas vitrines das lojas.
A TV proclama a moda
E a burguesia vai na onda,
Nada mais lucrativo
Que condensar as massas




Mais um pra janela
Mais um pra ralar
Judas dá as ordens
E os porcos dominam a área



Nós não somos outra leva
Por sermos de outra era
Afinal somos os restos daquela era
Que já era!




Temos essa faminta platéia
Sempre a desejar
Alguém mais que nós mesmos
Pra apedrejar


E pedras não vão faltar daqui pra frente
Vemos freguentemente vir á gente
Um futuro cada vez mais deprimente,
Tanto pra quem planta
Quanto pra quem colhe
Essa maldita semente!



                                                                              Osvaldo de Oliveira

quinta-feira, 17 de junho de 2010

eu e diego (Jim) ganhamos de um grande amigo...

Se o momento do som do barzinho fosse pra sempre...

Mas acaba talvez num copo de cerveja
Num beijo
Num olhar, no ultimo acorde do violão
É muito pra pouco tempo, no entanto, a sensação e muita
Cada gole bem apreciado, assim como cada nota musical
E as conversas voam livres para qualquer lugar...


Rafael Almeida.
As nuvens brancas no céu

suspendem meus pensamentos
caminho pelas ruas
sol alto
adolescentes
vindo indo
crianças
indo vindo
na frente da escola, da-se
o primeiro beijo
meus olhos refletem o sorriso da agonia
Podemos tudo!
Mas não somos tudo?!
Ah sim estamos em tudo!
nas folhas das arvores
nas ruas
nas manhas fria
na sujeira entupindo bueiros
nas oportunidades e na falta delas
no caipira picando fumo
no abuso do poder
na falta de poder
na cultura
na massa
na asa da borboleta que pouso
nesta rosa branca...

 
 
                                                                                      Agatha Fabiane

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Faz eles rí


Us fio tem que entendê
Que siozinho qué rir
Us minino mesmo sofrendo
Tem que aprendê a si diverti

Num basta o sofrimento
Incultado nessa vida
Num basta as mazelas
Vamus esquece as ferida
Antigamente povoação


Hoje é periferia
Zumbi nunca chorou
Morreu na loca corrida


Us encantados foi embora
Se acabaram no bar e na cerveja
Rei Nagô se lamenta
A morte única certeza


Povo guerrero num ri de tudo
Abandonô terrero e esqueceu
Preto evangélico hoje ora
Pai salva filho teu


Mais do céu num vem melhora
Caboclos se entristeceu
Esqueceram os traços e raízes
De um povo que pru zoto viveu.


Muita coisa mudou na estória
capitão mantinha na corrente
A evolução veio sem demora
Hoje o preto pra polícia é delinqüente.


Ferrez.


Reginaldo Ferreira da Silva: Ferrez é um poeta, contista, escritor de suas musicas, publicou seu primeiro livro Fortaleza da Desilusão, de poemas, mais o livro que o marcou como escritor foi seu romance Capão Pecado que fala do bairro de São Paulo Capão Redondo onde mora o autor.


Ele usa palavras fortes para descrever a realidade da periferia onde mora, pois desde criança não concorda que as pessoas devem viver assim.


Vale apena conferir mais pesquise:


www.ferrez.com.br


www.ferrez.blogspot.com

sábado, 5 de junho de 2010

Exclusao

Eles não querem saber quem é você
Não querem que você pense
Não querem saber como você quer
E querem que você pense que pensa
Sozinho
E que você não perceba a solidão
E pense o que eles querem que pense.


Neto.

Bom dia, Boa tarde, Boa noite!!!

Olá

Pessoal...

Esses tempos não postei nada, mas voltei...agora você se cansaram de tantos poemas...asashsuahsuahhsa"


Awe vamos nós mãos na massa!!!


XD

segunda-feira, 29 de março de 2010

especial..........Bailarina

dançando livremente
nao enxergo nada
minha mente livre,
deslizo.
estou voando
mas seu olhar me
atinge,
me perco mentalmente
me desligo
da musica
ma nao desgrudo
do teu
olhar........

quarta-feira, 24 de março de 2010

1º postagem....^^

Boa tarde!

Bom enfim consegui fazer um blog.....heeee!!!(rsrsr)

Criei este espaço para poder divulgar um grupo do qual eu faço parte
a VANGUARDA CONTEMPORANEA, somos de Capão Bonito interior de SP,
tdo começou à 3anos numa tarde em que Osvaldo e Simone vieram me visitar...
Ate ecrevi um poema pra eternizar o momento....

Dia



Afeto, carinho...
Framboesas no caminho
Chuva de pétalas
Que caem suavemente
Como se a tarde fosse sempre assim
Sucumbiu no tempo
O cheiro de mate
As ondas do rádio
Atravessam os livros


Nós ali sentados.