Faz eles rí
Us fio tem que entendê
Que siozinho qué rir
Us minino mesmo sofrendo
Tem que aprendê a si diverti
Num basta o sofrimento
Incultado nessa vida
Num basta as mazelas
Vamus esquece as ferida
Antigamente povoação
Hoje é periferia
Zumbi nunca chorou
Morreu na loca corrida
Us encantados foi embora
Se acabaram no bar e na cerveja
Rei Nagô se lamenta
A morte única certeza
Povo guerrero num ri de tudo
Abandonô terrero e esqueceu
Preto evangélico hoje ora
Pai salva filho teu
Mais do céu num vem melhora
Caboclos se entristeceu
Esqueceram os traços e raízes
De um povo que pru zoto viveu.
Muita coisa mudou na estória
capitão mantinha na corrente
A evolução veio sem demora
Hoje o preto pra polícia é delinqüente.
Ferrez.
Reginaldo Ferreira da Silva: Ferrez é um poeta, contista, escritor de suas musicas, publicou seu primeiro livro Fortaleza da Desilusão, de poemas, mais o livro que o marcou como escritor foi seu romance Capão Pecado que fala do bairro de São Paulo Capão Redondo onde mora o autor.
Ele usa palavras fortes para descrever a realidade da periferia onde mora, pois desde criança não concorda que as pessoas devem viver assim.
Vale apena conferir mais pesquise:
www.ferrez.com.br
www.ferrez.blogspot.com
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